quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Mitos e Lendas Indigenas

O Menino e a Flauta : 

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Narra o mito dos índios Nambikwára sobre a origem dos alimentos, das plantas e das roças, no qual um menino se transforma em roça, em todas as plantas boas para se comer. A sua voz é o som da flauta, que toca suave, que sopra bonito. Além disso, são abordados aspectos históricos e atuais sobre a cultura dos Nambikwára ao final do livro.

  Os Índios Nambiquara :
A nação Nambiquara divide-se em numerosos grupos e suas aldeias estão espalhadas desde o vale no rio Guaporé até as fronteiras de Rondônia .Ocupa territórios que variam entre campos cerrados ,savanas semidesérticas , e uma rica e fértil zona de matas . Cada grupo tem seu lugar de caçar , pescar ,tirar cipó e taquara , construir malocas , cultivar roças , sempre na proximidade de algum arroio d água .Toda Caça é divida entre as famílias da aldeia , e as roças são familiares .As aldeias são circulares , no pátio central  os índios á noite : conversam , cantam e dançam .Esse pátio é o local sagrado onde enterram os mortos .Aí está também a casa das flautas , onde elas são guardadas  e só os Homens se reúnem para falar e tocar sobre esse assunto ,pois as Mulheres não podem ver as flautas .Acreditam -se que se virem ,adoecerão e morrerão.As Flautas simbolizam  a masculinidade  e a vida espiritual , enquanto o elemento feminino está voltado apenas para as atividades e vida material . Os Nambiquara sempre viveram totalmente nus  e com pouquíssimos enfeites .Não possuem redes , nem esteiras , nem cerâmicas  e nada além de algumas cabaças para armazenar e preparar os alimentos .Dormem diariamente no chão  ; nas noites frias , espalham as cinzas da fogueira e deitam sobre elas .Há Vários banhos durante o dia , muitas vezes seguidos do costume de rolar no chão para recobrir o corpo da terra .Os Nambiquara têm uma vida espiritual muito rica .Crêem  numa infinidade de espíritos  bons e maus  que habitam as matas , nascentes , cavernas , espaços sagrados de seus antepassados .Acreditam em seres invisíveis , e com os quais se relacionam , ouvem suas vozes , queixas e cantos ; deles recebem ajuda e proteção .Conversam com os espíritos através de Xamãs , que também  promovem curas das doenças .A festa mais importante  é a da Moça , que ocorre logo após a primeira menstruação .A moça fica reclusa numa maloquinha ,separada,passado  o prazo , sai toda a enfermidade , em meios  a cantos e danças  no pátio da aldeia .
O ano Nambiquara corresponde a dois períodos : chuvas e seca .Durante  a estação seca , a caça diminui muito e as roças  não estão produzindo .A sobrevivência  fica a cargo das Mulheres , que andam á cata de tubérculos , raízes , cocos , frutos silvestres  e sobretudo pequenos animais como insetos - formigas e gafanhotos , lagartos e seus ovos , e alguns roedores .E vários tipos de mel. O alimento básico é o beiju de mandioca ou milho , espécies de pãos assados debaixo da terra , sob as brasas  da fogueira .A bebida de todo dia é a CHiCHA -( espécie  de mingau feito do sumo  da mandioca - brava , que se ferve até perder o veneno .Há Também bebidas de frutas silvestres como : ( caju,abiu,goiaba e banana) .A criança é considerada o maior bem da sociedade  Nambiquara , e por isso , é cercada de afeto e atenção incomparáveis .Desde o contato com os Brancos , no início deste século , as terras e a população Nambiquara diminuíram .Hoje com reserva demarcada , seu número começa a aumentar .Adquiriram alguns hábitos dos brancos , usam utensílios e roupas obtidos por trocas , mas são resistentes  na defesa de seu patrimônio cultural . 

Fim ! 


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BOITATÁ : 

Diz a lenda que há muito tempo atrás, uma noite se prorrogou muito parecendo que nunca mais haveria luz do dia. Era uma noite muito escura, sem estrelas, sem vento, e sem barulho algum dos bichos da floresta, era um grande silêncio. Os homens viveram dentro de casa e estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Era uma noite sem fim. Os dias foram passando e a chuva começou, choveu muito, esta chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo. Uma grande cobra que vivia em repouso num imenso tronco despertou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas. Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente. A cobra se transformou num monstro brilhante, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando elas entram na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios.

Fim !

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BOTO : 
A lenda do boto tem sua origem na região amazônica (Norte do Brasil). Ainda hoje é muito popular na região e faz parte do folclore amazônico e brasileiro.

O que diz a lenda 

De acordo com a lenda, um boto cor-de-rosa sai dos riosamazônicos nas noites de festa junina. Com um poder especial, consegue se transformar num lindo, alto e forte jovem vestido com roupa social branca. Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande. Vai a festas e bailes noturnos em busca de jovens mulheres bonitas. Com seu jeito galanteador e falante, o boto aproxima-se das jovens desacompanhadas, seduzindo-as. Logo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio, local onde costuma engravidá-las. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto. 

O boto cor-de-rosa é considerado amigo dos pescadores da região amazônica. De acordo com a lenda, ele ajuda os pescadores durante a pesca, além de conduzir em segurança as canoas durante tempestades. O boto também ajuda a salvar pessoas que estão se afogando, tirando-as do rio.



- Na cultura popular, a lenda do boto era usada para justificar a ocorrência de uma gravidez fora do casamento.


- Ainda nos dias atuais, principalmente na região amazônica, costuma-se dizer que uma criança é filha do boto, quando não se sabe quem é o pai.


No cinema


- A lenda do boto foi transformada num filme em 1987. Com o título de Ele, o boto, o filme tem no elenco Carlos Alberto Riccelli, Cássia Kiss e Ney Latorraca. A direção é de Walter Lima Junior.

FIM ! 

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CAIPORA : 

Caipora é uma entidade da mitologia tupi-guarani. A palavra “caipora” vem do tupi caapora e quer dizer "habitante do mato".
No folclore brasileiro, é representada como um pequeno índio de pele escura, ágil e nu.
Habitante das florestas, reina sobre todos os animais e ele destrói os caçadores que não cumprem o acordo de caça feito com ele. Seu corpo é todo coberto por pelos. Ele vive montado numa espécie de porco-do-mato e ele carrega uma vara. Primo do Curupira, protege os animais da floresta. Os índios acreditavam que o Caipora temesse a claridade, por isso protegiam-se dele andando com tições acesos durante a noite.
O Caipora é considerado em algumas partes do Brasil como canibal, ou seja dizem que come quem ele vê caçando, até mesmo um pequenino inseto. 
No imaginário popular em diferentes regiões do País, a figura do Caipora está intimamente associada à vida da floresta. Ele é o guardião da vida animal. Apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a crença popular, é sobretudo nas sextas-feiras, nos domingos e dias santos, quando não se deve sair para a caça, que a sua atividade se intensifica. Mas há um meio de driblá-lo. O Caipora aprecia o fumo. Assim, reza o costume que, antes de sair numa noite de quinta-feira para caçar no mato, deve-se deixar fumo de corda no tronco de uma árvore e dizer: "Toma, Caipora, deixa eu ir embora". A boa sorte de um caçador é atribuída também aos presentes que ele oferece. Assim, por sua vez, os homens encontram um meio de conseguir seduzir esse ente fantástico. Mas fracasso na empreitada é atribuído aos ardis da entidade. No sertão do Nordeste, também é comum dizer que alguém está com o Caipora quando atravessa uma fase de empreendimentos mal sucedidos, e de infelicidade.
Há muitas maneiras de descrever a figura que amedronta os homens e que, parece, coloca freios em seus apetites descontrolados pelos animais. Pode ser um pequeno caboclo, com um olho no meio da testa, coxo e que atravessa a mata montado num porco selvagem; um índio de baixa estatura, ágil; um homem peludo, com vasta cabeleira.

FIM ! 

Nas nações/tribos indígenas as lendas e histórias são de extrema importância, e as mesmas são passadas de geração em geração e são utilizadas para doutrinar os índios jovens e arredios. Há relatos de que muitas dessas lendas indígenas foram criadas a partir de fatos verídicos.

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  • O Cairara –
Diz a lenda que na tribo dos Bororós havia um pajé que esbanjava sabedoria. Embora muito sábio o pajé vivia triste, por ser gordo e porque as pessoas o chamavam de cairara. Então certo dia, ele descobriu uma erva, essa erva normalmente era comida pelos macacos e a mesma os conservavam sempre esbeltos e ágeis. Sendo assim o Cairara resolveu preparar um chá com a tal erva, após preparar o chá feito da erva, o Cairara ingeriu a porção durante sete dias.
O Cairara ficou esbelto e com os cabelos alongados e finos, e as suas pernas encolheram. O Cairara vendo tantas mudanças se assustou e com percebeu até um rabo começou a aparecer em suas nádegas, logo assim o Cairara parou de tomar o chá, mas a transformação continuou, e então o Cairara se transformou em uma especie de macaco inteligente, esbelto e bastante engenhoso
que vive nas matas da Amazônia.
Fim !

Lendas: Jericoacoara, a Cidade Encantada


Jericoacoara, praia do litoral do Ceará, que já foi eleita como uma das dez praias mais bonitas do mundo tem uma lenda.

Dizem que no local onde hoje é um farol existia uma cidade muito rica e que nela habitava uma princesa.
Na praia, quando a maré baixa, existe uma passagem secreta, um túnel, no qual só pode entrar engatinhando. Porém, não é possível percorrer todo o túnel pois existe um portão de ferro que limita a passagem.

A princesa está encantada, vivendo na cidade que existe além do portão. Ela foi enfeitiçada, está transformada numa serpente de escamas de ouro, tem a cabeça e os pés de mulher.

A lenda diz que ela só pode ser desencantada com sangue de um humano.

No dia em que se imolar alguém perto do portão, abre-se-á o portão para o reino encantado. Com o sangue será feita uma cruz no dorso da serpente e assim, a princesa surgirá com toda a sua beleza, e o encanto da cidade será quebrado.

Logo então, surgirá na praia um enorme palácio e a princesa se casará com o homem que a libertou do encanto.

Como ninguém quis até hoje dar a vida para quebrar o tal encanto, a princesa continua lá na gruta a espera do seu salvador.


Fim ! 




Guaraná: lenda amazônica conta sua origem




O guaraná, cujo nome científico é paullinia cupana, é uma planta (espécie de cipó) típica da região amazônica. O fruto é de cor vermelha (quando está maduro) com polpa branca e sementes negras. Em função de suas propriedades estimulantes é usado em xaropes, chás e bebidas energéticas. É usado também, principalmente no Brasil, para a fabricação de refrigerantes.

A lenda do guaraná

De acordo com o folclore amazônico, um casal de índios mawés (tronco linguístico tupi) desejava muito ter um filho. Certo dia resolveram pedir um filho para Tupã (uma das principais divindades da mitologia tupi-guarani).
Tupã ouviu os pedidos daquele bondoso casal e resolveu dar-lhes um menino. Ao crescer, o filho desejado do casal tornou-se um lindo jovem bom e generoso.
Com inveja da bondade, paz e generosidade do jovem índio, Jurupari (divindade do mau e das trevas) resolveu eliminá-lo. Transformou-se numa cobra venenosa e picou o jovem índio, quando este estava nas matas, levando-o a morte.
Então, Tupã enviou fortes trovões e relâmpagos para as proximidades da aldeia. Triste e chorando muito, a mãe do índio morto acreditou que eram sinais para que ela enterrasse os olhos dele em solo próximo à aldeia.
Dos olhos dele nasceram plantas que deram lindos e saborosos frutos, cujas sementes pareciam com os olhos negros do jovem e bom índio morto.
Surgiu assim, de acordo com esta linda lenda indígena da Amazônia, o guaraná.

 Curiosidades:

- A palavra guaraná é de origem indígena, pois deriva da palavra tupi wara’ná. É o termo dado pelos índios tupis para esta planta.

- Numa outra versão da lenda, quando o bom índio nasceu, pararam as guerras que existiam entre as tribos indígenas rivais da região. Veio então um período de paz e fartura.


Fim ! 


Folclore brasileiro: A Lenda do Açaí.

AÇAÍ :  Há muito tempo, quando ainda não existia a cidade de Belém do Pará, vivia no local uma tribo indígena. Nesta época os alimentos eram escassos e por este motivo o cacique tomou uma decisão muito cruel: resolveu que todas as crianças que nascessem a partir daquela data, seriam necessariamente sacrificadas, uma vez que não haveria alimento suficiente para todos.
Porém, Iaça, filha do Cacique, deu a luz a um lindo menino o qual não foi poupado da cruel decisão de seu avô. 
A índia chorava todas as noites com saudades de seu filho, até que numa noite de lua cheia, a índia ouviu o choro de uma criança. O choro vinha da direção de uma bela palmeira. 
Quando a índia chegou ao local, seu filho a esperava de braços abertos. Radiante de alegria, Iaça correu para abraçá-lo, mas quando o fez, a criança misteriosamente desapareceu. No dia seguinte, a índia foi encontrada morta, abraçada ao tronco da palmeira. Seu rosto trazia um suave sorriso de felicidade e seus olhos negros, ainda abertos, fitavam o alto da palmeira que estava carregada de frutinhos escuros. 
Então, o Cacique mandou que apanhassem os frutinhos e percebeu que deles poderia se extrair um suco quando amassados, que passou a ser a principal fonte de alimento daquela tribo. Este achado fez com que o Cacique suspendesse os sacrifícios e as crianças voltaram a nascer livremente, pois a alimentação já não era mais problema na tribo. 
Em agradecimento ao deus Tupã e em homenagem a sua filha, o Cacique deu o nome de AÇAÍ aos frutinhos encontrados na palmeira, que é justamente o nome de IAÇA invertido.


FIM !


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Imagens da Lenda e Crenças sobre a Vitória Régia 


A lenda da vitória-régia é muito popular no Brasil, principalmente na região Norte. Diz a lenda que a Lua era um deus que namorava as mais lindas jovens índias e sempre que se escondia, escolhia e levava algumas moças consigo. Em uma aldeia indígena, havia uma linda jovem, a guerreira Naiá, que sonhava com a Lua e mal podia esperar o dia em que o deus iria chamá-la.

Os índios mais experientes alertavam Naiá dizendo que quando a Lua levava uma moça, essa jovem deixava a forma humana e virava uma estrela no céu. No entanto a jovem não se importava, já que era apaixonada pela Lua. Essa paixão virou obsessão no momento em que Naiá não queria mais comer nem beber nada, só admirar a Lua.

Numa noite em que o luar estava muito bonito, a moça chegou à beira de um lago, viu a lua refletida no meio das águas e acreditou que o deus havia descido do céu para se banhar ali. Assim, a moça se atirou no lago em direção à imagem da Lua. Quando percebeu que aquilo fora uma ilusão, tentou voltar, porém não conseguiu e morreu afogada.

Comovido pela situação, o deus Lua resolveu transformar a jovem em uma estrela diferente de todas as outras: uma estrela das águas – Vitória-régia. Por esse motivo, as flores perfumadas e brancas dessa planta só abrem no período da noite.


Fim ! 



Uirapuru: linda lenda do folclore brasileiro



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O que é

A lenda do Uirapuru é uma estória que faz parte do folclore da região norte do Brasil, mais especificamente da Amazônia. É uma lenda indígena sobre um pássaro mágico, o uirapuru.

A lenda do Uirapuru

De acordo com a lenda, o pássaro uirapuru tinha sido um jovem guerreiro índio, chamado Quaraçá, pertencente a uma nação indígena da floresta amazônica.

Quaraçá adorava passear pelas matas tocando sua flauta de bambu. Ele era apaixonado por uma bela índia chamada Anahí, que era casada com o cacique da tribo.

Sofrendo muito pelo amor impossível, o jovem índio resolveu entrar no meio da floresta para buscar a ajuda do deus Tupã. Entendendo o sofrimento de Quaraçá, Tupã resolveu transformá-lo num pequeno pássaro colorido (vermelho e amarelo com asas pretas), para assim livrá-lo do sofrimento.

Quaraçá, que ganhou o nome de Uirapuru, voou pela floresta com seu forte e lindo canto. Toda vez que via Anahí, pousava e cantava para a jovem índia, que ficava maravilhada com o som daquele pequeno e lindo pássaro.

O cacique da tribo também ficou encantado com o canto do pássaro e, com o objetivo de aprisioná-lo, se perdeu na floresta e nunca mais voltou. Sozinha, restava a Quaraçá ouvir o canto de seu pássaro favorito. E ao jovem índio, agora transformado em pássaro, restava que a índia amada descobrisse quem ele era para desfazer o encanto.

Você sabia?

- Entre algumas tribos indígenas da Amazônia, o uirapuru é um pássaro mágico que traz muita sorte. Que vê um uirapuru, durante seu lindo canto, pode fazer um pedido que o pássaro irá realizar.




Fim ! 


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Cobra Gigante - Esta é uma lenda muito conhecida pela nossa população. Tem sido tema para nossa música, poesia e folclore. Quando éramos crianças, sempre brincavamos dizendo que embaixo dos edíficios por onde passavamos, poderia estar a tal cobra...
A Lenda
Há muito tempo, existiu em uma das tribo do Amazonas, uma mulher muito perversa que inclusive, devorava crianças. Para por fim a tantas dores causadas por ela, a tribo decidiu atirá-la no rio, pensando que ela morreria afogada e nunca mais viesse a perseguir ninguém. Porém, Anhangá, o gênio do mal, decidiu não deixá-la morrer e casou-se com ela, dando-lhe um filho. O pai transformou o menino em uma cobra, para que ele pudesse viver dentro do rio. Porém, logo a cobra começou a crescer e crescer...
O rio tornou-se pequeno para abrigá-la e os peixes iam desaparecendo devorados por ela. Durante a noite seus olhos iluminavam como dois faróis e vagavam fosforescentes por sobre os rios e as praias, espreitando a caça e os homens, para devorá-los. As tribos aterrorizadas, deram-lhe o nome de Cobra Grande.
Um dia a mãe da Cobra Grande morreu. Sua dor manifestou-se por um ódio tão mortal que de seus olhos brotavam flechas de fogo atiradas contra o céu e dentro da escuridão, transformavam-se em coriscos. Depois deste dia, ela se recolheu e dizem que vive adormecida debaixo das grandes cidades. Contam também que ela só acorda para anunciar o verão no céu em forma de Serpentário, ou durante as grandes tempestades para assustar, com a luz dos relâmpagos, as tribos apavoradas.

Fim ! 


 
Narra a história de um índio chamado MIKAI KAKA de cabelo liso e preto, cor de pele diferente da do branco. Vivia numa aldeia do povo Maxacalino no Vale do Mucuri, às margens do Rio UMBURANAS.

Num rancho sem paredes, os índios mais velhos ensinavam os meninos a rezar, a cantar, a fazer o arco e a flecha, a matar onça e a pintar o corpo com urucum.

Mikai Kaka era diferente. Gostava de nadar e mergulhar. Um dia, resolveu pegar peixes com as mãos, mas estava muito difícil. No tempo desses índios, segundo a lenda, eles falavam com os animais. Um dia, MIKAI encontrou um jacaré de barriga amarela. Conversaram muito e, no meio da conversa, o jacaré resolve ensinar o índio a tecer a rede e depois a pescar muitos peixes com ela. Pescavam juntos e o jacaré dava lhe uma grande ajuda com seu rabo. Tudo o que era pescado repartiam entre si e com todos da aldeia de forma bastante justa. Na aldeia, ninguém passava fome.

Como em quase todas as histórias, quando tudo está indo bem, acontece alguma coisa para atrapalhar. E de fato, um índio invejoso de nome MANHUMÃ pediu o jacaré emprestado para Mikai. Este, embora enciumado, emprestou. Manhumã foi ao rio e pegou um monte de peixes, só que escolheu os menores para o jacaré e ficou com os maiores. Foi uma partilha desigual. O jacaré descontente com a injustiça cometida pelo índio, fugiu. A partir daí, a tribo começou a ter problemas com a falta de alimentação. Mikai procurou o jacaré e nada. Às margens do rio apareceu o criador do seu povo Maxacali que lhe disse qual era a causa dos problemas da tribo e do desaparecimento do jacaré. Tinha sido o egoísmo, a inveja e a deslealdade de Manhumã. Por causa disso ia faltar peixe na aldeia. Mikai compreendeu, então, que o jacaré nunca mais voltaria.

Os índios mais velhos passam para os mais novos os seus valores, os quais devem ser respeitados . Nota-se que são contrários ao egoísmo, à inveja e à deslealdade e o que é mais importante: que o erro de um indivíduo na tribo afeta todos os demais companheiros, por isso todos têm que ser leais e solidários uns com os outros. Nota-se também a liberdade de ser o que se quer como é o caso do índio pescador. A ideologia do índio é contrária da nossa. Para o cristão, a responsabilidade pelos crimes é individual, só um é culpado e castigado. Nas comunidades indígenas todos pagam pelo erro.

Quanto ao jacaré , que ensina o índio a pescar, simboliza, a força bruta, também o papel de sedutor.


Fim ! 

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Curupira : 

Quem é o curupira  


O  folclore brasileiro é rico em personagens lendários e o curupira é um dos principais. De acordo com a lenda, contada principalmente no interior do Brasil, o curupira habita as matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo) e seus pés são voltados para trás. Este pequeno índio é forte e muito esperto.


O protetor das plantas e animais da floresta


A função do curupira é proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória.


Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os "inimigos da florestas". Dificilmente é localizado pelos caçadores, pois seus pés virados para trás servem para despistar os perseguidores, deixando pegadas e rastros falsos pelas matas. Além disso, sua velocidade é surpreendente, sendo quase impossível um ser humano alcançá-lo numa corrida.


De acordo com a lenda, ele adora descansar nas sombras das mangueiras. Costuma também levar crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após encantar as crianças e ensinar os segredos da floresta, devolve os jovens para a família, após sete anos.


Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peças naqueles que entram na floresta. Por meio de encantamentos e ilusões, ele deixa o visitante atordoado e perdido, sem saber o caminho de volta. O curupira fica observando e seguindo a pessoa, divertindo-se com o feito.


O Curupira existe na realidade?


Não podemos esquecer que as lendas e  mitos são estórias criadas pela imaginação das pessoas, principalmente dos que moram em zonas rurais. Fazem parte deste contexto e geralmente carregam explicações e lições de vida. Portanto, não existem comprovações científicas sobre a existência destas figuras folclóricas.


Curiosidades:


- O curupira é considerado, em algumas regiões de florestas, como sendo o protetor das árvores, plantas e animais silvestres.


- De acordo com a lenda, uma forma de fazer o curupira feliz é deixando para ele na floresta alguns presentes  como, por exemplo, alimentos, flechas e fumo.


- O curupira e o caipora (outro personagem folclórico) são muitos semelhantes, mas uma diferença marcante é que o segundo possui os pés normais.


Fim ! 


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IARA : A Iara é uma figura do folclore indígena, fazendo parte de nossa cultura. Trata-se de uma personagem que se apresenta como uma linda sereia, com corpo de mulher da cintura par cima e de peixe da cintura para baixo, com cabelos negros, pele morena e olhos castanhos.
A Iara, também conhecida como “mãe d’água”, é uma lenda proveniente dos rios da Bacia Amazônica, não sendo tão divulgada em outras regiões do Brasil. Conta a lenda que ela costuma viver às margens dos rios, passando a maior parte do tempo admirando sua própria beleza e seu reflexo nas águas, brincando com os peixes e penteando seus cabelos com um pente de outro.A Iara costuma ficar nas encostas dos rios também para atrair os homens com seu belo e irresistível canto, uma voz que ecoa pelas águas e pelas florestas. Os homens, quando a ouvem, ficam encantados com sua voz e a seguem até o fundo dos rios, de onde nunca mais voltam.O poder da Iara é tão forte que basta que eles olhem nos seus olhos para ficarem enlouquecidos de amor. A Iara, quando enfeitiça alguém, convida para que cheguem perto dela e os homens acreditam que irão ter um amor eterno com uma mulher encantadora. No entanto, a Iara sempre tem intenções maléficas: o que ela quer é atraí-los para a morte.
Os poucos que conseguem escapar aos seus encantos acabam por se tornar loucos, em razão do encantamento que a Iara joga sobre eles. Para se livrar do mal, apenas o Pajé, o chefe religioso indígena, pode agir, fazendo um ritual para que escape ao feitiço.

HISTÓRIA DA IARA RESUMIDA

Os índios da Região Amazônica contam que a Iara era uma índia guerreira, de uma beleza exuberante. Todos os seus irmãos tinham inveja dela, já que o pai, o cacique da tribo, a elogiava muito. Um dia, os irmãos resolveram matar Iara, mas ela ouviu o plano e revidou, matando todos os irmãos em sua própria defesa.
Depois disso, Iara fugiu para as matas. O pai, enfurecido, a perseguiu e conseguiu captura-la, aplicando-lhe uma punição: Iara foi jogada no rio Solimões para morrer afogada. No entanto, os peixes a salvaram e, através dos efeitos da lua cheia ela foi transformada numa sereia.

IARA – LENDA DO FOLCLORE BRASILEIRO

A Iara é um dos mitos mais conhecidos no folclore. As pessoas a consideram também uma mulher loura, de olhos azuis, descrevendo-a como uma sereia europeia e não a Iara amazônica. Além dessa mistura, a Iara também é confundida com a Iemanjá africana, não tendo na verdade nada a ver uma coisa com outra.
Alguns descrevem a Iara como um bela mulher com uma cintilante estrela na testa, que funciona como um chamariz para atrair os homens e hipnotiza-los. Os índios dizem que ela é tão linda que ninguém resiste ao seu encanto, evitando até mesmo ficar perto dos lagos e rios depois que a noite chega.

IARA – CURIOSIDADES SOBRE A MÃE D’ÁGUA

  • Iara é uma palavra de origem tupi-guarani, tendo o significado de “aquela que mora na água”. No original, os jesuítas escreveram a palavra como “yara”.
  • Segundo a lenda, em algumas de suas muitas versões, a Iara, quando está fora das margens e da água, transforma-se em uma linda mulher. No entanto, quando nessa forma, perde todos os seus poderes.
  • Um das curiosidades a respeito da Iara é sua forma de sereia. Originalmente, os índios não traziam em sua cultura uma mulher metade gente e metade peixe. Tratava-se apenas de uma mulher que encantava os homens às margens dos rios. Com o desenvolvimento da lenda e a imagem das sereias – que fazem parte da cultura mediterrânea, principalmente entre os gregos – a Iara acabou por se transformar numa sereia, permanecendo nessa nova forma no imaginário popular.
  • Em algumas regiões, a Iara também é confundida com a orixá responsável pelas cachoeiras e rios, fruto do sincretismo dos mitos do folclore brasileiro com a religião africana, trazida da África na época da escravatura.
Fim ! 
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LOBISOMEM : O lobisomem é um dos mais populares monstros fictícios do mundo. Suas origens se encontram na mitologia grega, porém sua história se desenvolveu na Europa. A lenda do lobisomem é muito conhecida no folclore brasileiro, sendo que algumas pessoas, especialmente aquelas mais velhas e que moram nas regiões rurais, de fato creem na existência do monstro.

A figura do lobisomem é de um monstro que mistura formas humanas e de lobo. Segunda a lenda, quando uma mulher tem 7 filhas e, depois, um homem, esse último filho será um Lobisomem.

Quando nasce, a criança é pálida, magra e possui as orelhas um pouco compridas. As formas de lobisomem aparecem a partir dos 13 anos de idade. Na primeira noite de terça ou sexta-feira após seu 13º aniversário, o garoto sai à noite e no silêncio da noite se transforma pela primeira vez em lobisomem e uiva para a Lua, semelhante a um lobo.

Após a primeira transformação, em todas as noites de terça ou sexta-feira, o homem se transforma em lobisomem e passa a visitar 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde ele passa, açoita os cachorros e desliga todas as luzes que vê, além de uivar de forma aterrorizante.

Quando está quase amanhecendo, o lobisomem volta a ser homem. Segundo o folclore, para findar a situação de lobisomem é necessário que alguém bata bem forte em sua cabeça. Algumas versões da história dizem que os monstros têm preferência por bebês não batizados, fazendo com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível.

FIM ! 

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CUCA - > Quem é e origem da Cuca

A Cuca é uma importante e conhecida personagem do universo do folclore brasileiro. É representada por uma velha, com cabeça de jacaré, que possui uma voz assustadora. De acordo com a lenda, a Cuca assusta e pega as crianças que não obedecem seus pais. 


Acredita-se que esta lenda tenha surgido na Espanha e Portugal, onde tem o nome de "Coca". Neste país, ela era representada por um dragão que havia sido morto por um santo. A figura aparecia principalmente nas procissões. A lenda teria chegado ao Brasil junto com os portugueses durante o período da colonização.


Ao chegar ao Brasil, a figura da Cuca passou a ser representada, em muitas regiões, como uma velha brava com cabelos compridos e desgranhados, semelhante a uma bruxa.



Popularização 

Foi nas obras do escritor brasileiro Monteiro Lobato que a personagem Cuca ganhou popularidade. No "Sitio do Pica-pau amarelo", transformado em série de televisão no final dos anos 70 e começo dos 80, a Cuca passou a ser conhecida nos quatro cantos do país. Na Tv, a Cuca era uma espécie de jacaré bípede com cabelo amarelo e uma voz horripilante, que tinha a ajuda do saci-pererê. Malvada, morava num lugar escuro (caverna) onde, como se fosse uma bruxa, ficava fazendo poções mágicas. 

Música da Cuca (Cássia Eller)

Esta música foi criada para o personagem da Cuca na série de TV "Sítio do Pica-Pau amarelo", transmitida pela Tv Globo.


Cuca: uma conhecida personagem do folclore brasileiro


Cuidado Com a Cuca
Que a Cuca te pega
Te pega daqui, Te pega de lá


A Cuca é malvada
E se fica irritada
A Cuca zangada
Cuidado com ela
A Cuca é matreira


E se fica zangada
A Cuca é danada
Cuidado com ela
Cuidado com a Cuca
Que a Cuca te pega
Te pega daqui, Te de lá

A Cuca é malvada
E se fica irritada
A Cuca zangada
Cuidado com ela.

Cuidado com a Cuca
Que a Cuca te pega
A Cuca é danada
Ela vai te pegar



Curiosidade:


- Na língua tupi a palavra Cuca significa tragar ou engolir de uma vez só.

- Na região sul do Brasil, a palavra Cuca é também usada como nome de uma torta ou bolo doce de frutas.

FIM ! 



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O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.
O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico.
Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia europeia um gorrinho vermelho.
A principal característica do saci é a travessura, ele é muito brincalhão, diverte-se com os animais e com as pessoas. Por ser  muito moleque ele acaba causando transtornos, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.
Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.
Diz também a lenda que os Sacis nascem em brotos de bambus, onde vivem sete anos e, após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.
fim !

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A Mula Sem Cabeça : Essa lenda conta a história de mulheres que fizeram maldades e foram transformadas em uma mula, que no lugar da cabeça tem uma chama de fogo.
Dizem que a lenda se originou com os povos da Península Ibérica, e veio para a América através dos portugueses, nossos colonizadores, e pelos espanhóis.
Aqui, nas regiões nordeste e sudeste, a lenda é preservada até os dias de hoje.
Sabemos que as lendas são histórias inventadas pelo homem, e por isso elas apresentam elementos que não são verdadeiros.
A Mula sem Cabeça é uma mulher que mora nas proximidades de uma igreja, que se apaixona pelo padre, sendo castigada com um corpo de mula e cabeça de fogo.

Mula sem Cabeça corre desenfreada pelas florestas
Conta a lenda que a transformação acontece entre quinta e sexta-feira, pela madrugada, onde a Mula sai desesperada, correndo pelos campos. Quando se cansa volta a ser mulher, mas aparece cheia de arranhões e machucados.
Essa lenda folclórica também existe na Argentina, tendo o nome de Mula Anima, e no México, como Malora.
Da mesma forma, lá a história conta que a Mula sem Cabeça destrói tudo que vê pela frente, pisoteando até pessoas com suas patas, em ferraduras de aço ou prata. Durante a sua fuga, relincha muito alto, misturando os gritos de mulher com o rincho de uma mula brava.
Fim ! 

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Boi Bumbá : A encenação do Bumba Meu Boi tem como base uma lenda que se passa em uma fazenda às margens do rio São Francisco. Ela retrata a configuração social do período da escravatura, mostrando o tipo de relação de poder entre escravos e senhores e as crenças religiosas da época.
Segundo a história, em uma grande fazenda de criação de gados, um casal de escravos, Catirina e Francisco (também conhecidos como Mãe Catirina e Pai Francisco, em algumas regiões) passam por uma situação inusitada.
Catirina está grávida e, certo dia, conta ao marido que está morrendo de desejo de comer língua de boi. O marido, sabendo que desejo de mulher grávida é uma ordem, busca uma solução. Francisco fica angustiado. Com tantos bois perto, nenhum pertencia a eles, são todos do patrão. Catirina então, admirando a lua pela janela, avistou um boi bonito, gordo e vistoso e pensou no quanto desejava comer língua de boi. Seu olhar comprido comoveu o marido, que pegou o boi, o matou e cozinhou sua língua, saciando o desejo da esposa.
O restante do boi, Francisco repartiu com os vizinhos, sobrando apenas o par de chifres e o rabo, que ninguém quis.Os dias passaram e, numa tarde qualquer, o amo começou a andar por sua propriedade para conferir o rebanho. Foi então que ele sentiu falta de seu grande boi que havia mandado trazer do Egito e perguntou a um de seus empregados onde estava ele. O escravo, então, disse que seu boi havia sumido. Um outro escravo que passava por ali, revoltado por não ter ganhado nenhuma peça de carne, deu com a língua nos dentes e contou que Francisco havia matado seu gado.
Inconsolado, o amo caiu no choro. Francisco e Catirina, com medo da reação do patrão, fugiram para uma outra cidade. O amo não queria nem saber, só queria seu boi vivo de volta. Chamou rezadeiras, pagaram penitências, curandeiros também foram anunciados para tentar ressuscitar o boi, mas o rabo, os chifres e o esqueleto permaneciam no mesmo lugar.
A história do senhor que chorava por seu boi assassinado se alastrou pela região, chegando até a cidade para onde fugiram Catirina e Francisco. O casal, então, confessou que estava morrendo de arrependimento pelo crime cometido. O filho do casal, já grandinho, ouviu a história e pediu aos pais que o levassem até a fazenda.Chegaram então os três na propriedade. Mesmo com medo de receber algum tipo de castigo, o casal acompanhou o filho, que pegou o rabo do boi, espiou lá dentro e deu três sopros muito fortes. O boi, então viveu e saiu chifrando quem tivesse pela frente. O amo não se aguentava de tanta alegria. Abraçava todos e até perdoou Catirina e Francisco.
Essa é uma das versões da lenda, que ganha contornos diferentes em cada região do país .

Fim ! 

Gefferson José Rodrigues Junior 


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